Destaque

Pesquisadores desenvolvem nova terapia para o infarto do miocárdio

Fonte

Universidade do Porto

Data

segunda-feira. 28 fevereiro 2022 15:25

Um estudo que apresenta uma nova terapia celular para pacientes com infarto do miocárdio, desenvolvido por uma equipa de cientistas do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, em Portugal, conquistou recentemente o terceiro lugar da 5.ª edição do Prêmio AIDFM-CETERA, que destacou os melhores artigos científicos publicados em 2021 na área da pesquisa cardiovascular.

No estudo, publicado na revista científica Frontiers in Cell and Developmental Biology, os pesquisadores do grupo ‘Stem Cells in Regenerative Biology and Repair’ do i3S avaliaram o efeito terapêutico de células mesenquimais estaminais isoladas de dois cordões umbilicais distintos num modelo animal de infarto do miocárdio. E mostraram que “a administração destas células do tecido do cordão umbilical tem efeitos terapêuticos consistentes e duradouros”, explicou Tiago Laúndos dos Santos, doutorando da Universidade do Porto e primeiro autor do artigo.

A eficácia desta terapia celular, “associada à facilidade de obtenção e alta compatibilidade com qualquer paciente, posicionam este produto terapêutico como um dos mais promissores para aplicação após infarto do miocárdio, apresentando-se como um auxiliar terapêutico seguro e eficiente”, acrescentou a Dra. Diana Nascimento, que liderou a pesquisa.

Como explicou a pesquisadora do i3S e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS-UP), as células mesenquimais estaminais derivadas do tecido do cordão umbilical “são muito importantes num contexto de infarto do miocárdio porque produzem fatores que estimulam a sobrevivência celular e a formação de novos vasos e ainda regulam a formação de fibrose”.

Além disso, acrescentou a Dra. Diana Nascimento, “o processamento de apenas um cordão umbilical resulta na produção de um grande número de células e, ao contrário de outras terapias celulares, estas células têm mecanismos que lhes permitem ‘escapar’ ao sistema imune do paciente transplantado, pelo que não é necessário verificar se existe compatibilidade”.

Adicionalmente, acrescentaram os autores, “este trabalho mostra que existem doadores com maior potencial do que outros”, o que significa que “é necessária uma melhor caracterização destas células mesenquimais estaminais do cordão umbilical para ser possível selecionar os doadores que poderão ter maior eficácia terapêutica”.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Luísa Melo, i3S.

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