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Proteína com ação antienvelhecimento combate inflamação e evita a morte de neurônios
O processo de envelhecimento celular é multifatorial e engloba vários campos do conhecimento. Encontrar mecanismos de proteção dos danos sofridos pelas células é uma das frentes e um grupo de pesquisadores acaba de avançar mais um passo nesse sentido. Artigo publicado na revista Scientific Reports, apontou que a proteína klotho teve papel protetor contra inflamações em células do sistema nervoso central que interagem com os neurônios – as chamadas células da glia.
O estudo, in vitro, utilizou um lipopolissacarídeo (LPS) – uma molécula da membrana de algumas bactérias – para os testes, induzindo a inflamação nas células. A ação se dá porque a presença de LPS aumenta a secreção de citocinas pró-inflamatórias que, quando produzidas em excesso ou de forma crônica, podem levar à morte neuronal. Como o uso de LPS em células gliais gera um aumento de mediadores pró-inflamatórios, o grupo analisou se o pré-tratamento com a proteína klotho faria alguma diferença na resposta celular.
“O trabalho demonstrou pela primeira vez em cultura neuronal o efeito anti-inflamatório e neuroprotetor da proteína klotho”, apontaram os pesquisadores. Os dados sugerem que ela pode atuar não apenas no metabolismo de neurônios e astrócitos, mas também é um componente importante na modulação da neuroinflamação da glia. Assim, o potencial terapêutico da klotho pode ser benéfico para processos patológicos com fatores neuroinflamatórios.
Os achados complementam evidências prévias encontradas pelo grupo, que mostraram que a klotho está envolvida na ação dos astrócitos, células nervosas que têm entre suas funções fornecer nutrientes para a sustentação de neurônios. O estudo teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) por meio do auxílio à pesquisa na linha de envelhecimento e neuroproteção, da qual faz parte também a Dra. Elisa Mitiko Kawamoto, uma das cientistas que assinam a publicação.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.
Fonte: Ricardo Muniz, Agência FAPESP.
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