Notícia

Infecções causadas por fungos: pesquisa avalia novos tratamentos

Estudo desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Micologia Aplicada da UFRGS sintetizou novas substâncias e avaliou o potencial dos compostos no combate a esses microrganismos

Gustavo Diehl, UFRGS

Fonte

UFRGS | Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Data

sexta-feira, 13 março 2020 11:45

Áreas

Farmacologia.. Infectologia.

Muito se fala em resistência bacteriana aos atuais antibióticos, mas outros microrganismos, os fungos, também têm se tornado resistentes aos medicamentos que prometem combatê-los.

Nas últimas décadas, as infecções fúngicas tornaram-se um problema de saúde pública, já que há poucos antifúngicos existentes no mercado, e muitos fungos demonstram baixa sensibilidade a eles. Esse problema atinge, em especial, pessoas vivendo com HIV, transplantados, idosos e outros indivíduos com sistema imunológico deprimido. Nesses grupos, as infecções tornam-se persistentes e difíceis de serem combatidas, o paciente tem que se submeter a várias linhas de tratamento para obter resultados eficazes e pode ter complicações de saúde.

A partir dessa problemática, a Dra. Gabriella da Rosa Monte Machado, do Grupo de Pesquisa em Micologia Aplicada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), trabalhou, no seu doutorado, com 17 novos compostos para verificar quais deles poderiam apresentar ação antifúngica. A Dra. Gabriella usou 11 derivados de cloroacetamidas e 6 derivados de quinolinas e testou-os frente a 51 fungos dos gêneros Candida, Fusarium, Microsporum Trichophyton. A escolha desses microrganismos foi motivada pelo potencial patogênico deles: são gêneros que causam grande parte das infecções fúngicas que afetam os seres humanos.

A pesquisadora explica que os compostos testados no estudo são todos sintetizados em laboratórios – tanto da UFRGS, quanto de instituições parceiras – a partir de substâncias já existentes: “Com base em compostos cuja ação contra vários microrganismos já está bem descrita na literatura, o pesquisador tenta desenvolver alguma substância parecida, mudando algum grupamento na sua estrutura, por exemplo”. As cloroacetamidas utilizadas no estudo vieram da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trazidas pelo co-orientador de Gabriella, o professor Dr. Saulo Fernandes de Andrade, que foi pesquisador da instituição. Já as quinolinas foram sintetizadas pela Dra. Denise Diedrich, outra pesquisadora do grupo, durante seu doutorado-sanduíche na França.

Acesse a notícia completa na página da UFRGS Ciência.

Fonte: Mírian Barradas, UFRGS Ciência. Imagem: Gustavo Diehl, UFRGS.

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