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Novas tecnologias para testes imunológicos de COVID-19, que custam R$ 5 e R$ 10, estão abertas a parceria

Duas novas tecnologias podem substituir o fator que mais pesa no custo nos testes imunológicos para a COVID-19 — os antígenos virais, hoje importados

Divulgação/Secom-UFPR

Fonte

UFPR | Universidade Federal do Paraná

Data

sexta-feira, 26 junho 2020 19:00

Áreas

Diagnóstico. Doenças Infecciosas. Saúde Pública.

Desenvolvidas no Laboratório de Microbiologia Molecular da Campus Litoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR Litoral), duas tecnologias que podem substituir o fator que mais pesa no custo nos testes imunológicos para a COVID-19 — os antígenos virais, hoje importados — estão em oferta tecnológica via Agência de Inovação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). As tecnologias viabilizam alternativas nacionais aos testes imunológicos que atestam a presença do vírus no organismo por meio dos anticorpos que o corpo produz ao reagir ao microrganismo. Isso ocorre de sete a dez dias depois do contágio.

A proposta das ofertas tecnológicas é criar parcerias com empresas a fim de colocar no mercado kits de diagnóstico para uso laboratorial capazes de constatar o coronavírus por meio de uma gota de sangue. Uma das inovações propõe metodologia nova para um diagnóstico rápido, em 15 minutos, cujo kit teria custo de produção estimado em R$ 10. A outra é uma adaptação para um teste imunológico tradicional, o Elisa (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), que sairia ainda mais barato, cerca de R$ 5.

“A parceria com empresa permitiria que os kits chegassem a um número maior de pessoas, já que os testes são necessários para o enfrentamento da pandemia no Brasil. A universidade não tem capacidade de produzir kits em larga escala, comercializá-los e nem registrá-los nos órgãos sanitários, porque apenas empresas podem fazer isso”, afirma o professor Dr. Luciano Fernandes Huergo, que coordena o laboratório.

Antígenos brasileiros

O laboratório já obteve a produção sintética e em escala dos antígenos, as proteínas usadas para detectar os anticorpos relacionados ao vírus. Foram separadas duas entre as que mais causam reações no sistema imunológico humano. A produção nacional poderia reduzir o custo desse insumo do diagnóstico laboratorial em até cinco vezes, considerando a ausência de câmbio e taxas de importação.

No método novo, cuja oferta tecnológica está disponível até o dia 30, a parte líquida do sangue (soro) é separada e depois incubada com os antígenos de produção nacional e, mais à frente, exposta a um líquido revelador que aponta a presença de anticorpos por meio da mudança de cor. O resultado fica disponível em 15 minutos. Nesse tempo, é possível fazer simultaneamente de dez a 15 testes.

Com isso, a estimativa é que o kit diagnóstico custaria cerca de R$ 10 para ser produzido. Atualmente um kit do tipo é vendido por R$ 90 pelos fabricantes aos laboratórios. A outra opção de testes disponível no Brasil é do tipo RT-PCR, que detecta vestígios genéticos do vírus e é o adotado pelos laboratórios públicos, que têm expertise já sólido no Brasil.

Potencial

Além da redução de custos, a nova tecnologia mostrou capacidade de aumento de precisão. Isso ocorre por meio de uma inovação fundamentada em nanobiopartículas desenvolvidas especificamente para o diagnóstico do coronavírus. Essas partículas ficam dentro de microesferas revestidas de antígeno e, em contato com a amostra de sangue e dentro do processo, tornam o diagnóstico mais preciso.

Segundo o Dr.Luciano Huergo, o sistema permite reduzir os casos de falsos positivos. “Não encontramos no mercado produto similar que seja capaz de detectar dois antígenos com tanta rapidez, escalabilidade e preço. O fato de as proteínas estarem em solução e não fixadas em um substrato seco, como nos testes imunológicos tradicionais, reduz o número de falsos positivos. Além disso, o uso de nanopartículas e de reagentes cromogênios especiais aumenta a sensibilidade de detecção do nosso método”.

Acesse a notícia completa na página da UFPR.

Fonte: Camille Bropp, Secom-UFPR, e Aline Gonçalves, Secom/UFPR Litoral. Imagem: Divulgação/Secom-UFPR.

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