Notícia

Revestimento de bolhas com proteína proporciona novo agente de contraste altamente estável para uso médico

Inspirados pelas bolhas que as bactérias criam dentro de suas células, pesquisadores desenvolveram um sistema semelhante ao revestir minúsculas vesículas de gás com proteína

Divulgação, Universidade Aalto

Fonte

Universidade Aalto

Data

quarta-feira, 25 janeiro 2023 12:30

Áreas

Bacteriologia. Biologia. Biomedicina, Biotecnologia. Cardiologia. Diagnóstico. Física Médica. Microbiologia. Ultrassom.

As bactérias produzem vesículas de gás, pequenos ‘sacos’ de paredes finas cheios de ar ou fluido, para ajudá-las a flutuar. Esse fenômeno chamou a atenção de cientistas que veem potencial para designs semelhantes baseados em bolhas em áreas aplicadas à Medicina. Recentemente, uma equipe de pesquisadores do Departamento de Física Aplicada da Universidade Aalto, na Finlândia, liderada pelo professor Dr. Robin Ras, usou a mesma ideia para criar um novo tipo de agente de contraste para uso em aplicações médicas, como imagens de ultrassom. A pesquisa foi publicada recentemente na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Materiais naturais e inspiração biológica

Os pesquisadores criaram bolhas- na verdade, vesículas de gás – variando de 10 a 100 micrômetros, e mediram suas propriedades mecânicas com uma técnica chamada aspiração de micropipeta. As bolhas foram revestidas com proteínas chamadas hidrofobinas, que são proteínas de fungos. Além disso, a equipe desenvolveu uma teoria para entender melhor as complexidades da compressibilidade e porosidade na física em microescala.

“Ao estudar as propriedades mecânicas das vesículas de gás e desenvolver nossa própria técnica de micropipeta, conseguimos tornar as bolhas estáveis o suficiente para suportar pressões como as encontradas no corpo humano. As bolhas funcionam como um agente de contraste e, potencialmente, poderiam ser usadas para diagnosticar problemas cardiológicos, fluxo sanguíneo e lesões hepáticas com ultrassom no futuro”, disse Hedar Al-Terke, doutorando na Universidade Aalto.

‘Ampliamos significativamente a estrutura teórica da técnica de aspiração com pipeta. Ela agora pode ser usada para caracterizar totalmente as propriedades mecânicas, incluindo a porosidade, de sistemas preenchidos com gás compressível, como as bolhas revestidas com hidrofobina usadas neste estudo”, disse o pesquisador Dr. Grégory Beaune.

A pesquisa sobre vesículas gigantes de gás faz parte do foco da equipe em pesquisar as aplicações médicas da física em microescala.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Aalto (em inglês).

Fonte: Universidade Aalto. Imagem: Divulgação, Universidade Aalto.

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