Destaque

Relatório da OMS aponta maior resistência de bactérias à ação de antibióticos

Fonte

Nações Unidas Brasil

Data

terça-feira. 13 dezembro 2022 12:45

Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou altos níveis de resistência em bactérias que causam sepse, além de aumentar a resistência a tratamentos de várias bactérias que causam infecções comuns entre a população, com base em dados relatados por 87 países em 2020.

Pela primeira vez, o Relatório Global de Resistência Antimicrobiana e Sistema de Vigilância de Uso Antimicrobiano (GLASS, na sigla em inglês) fornece análises das taxas de resistência antimicrobiana (RAM) no contexto da cobertura nacional de testes, tendências de RAM desde 2017 e dados sobre o consumo de antimicrobianos em humanos em 27 países. Em seis anos, o GLASS alcançou a participação de 127 países com 72% da população mundial. O relatório inclui um formato digital interativo inovador para facilitar a extração de dados e gráficos.

O relatório revelou que altos níveis de resistência (acima de 50%) foram descritos e relatados em bactérias que são causa frequente de sepse em hospitais, como Klebsiella pneumoniae ou Acinetobacter spp. Antibióticos de último recurso, como carbapenêmicos, são necessários para tratar essas infecções graves. De acordo com dados relatados, no entanto, 8% dos casos de sepse causados por Klebsiella pneumoniae eram resistentes aos carbapenêmicos, aumentando a possibilidade de morte por uma infecção intratável.

As infecções bacterianas comuns estão se tornando cada vez mais resistentes aos tratamentos. Mais de 60% das cepas isoladas de Neisseria gonorréia, causadora de uma frequente doença sexualmente transmissível, mostraram resistência a um dos antibacterianos orais mais utilizados, a ciprofloxacina. Mais de 20% das cepas isoladas de E.coli – o patógeno mais comum nas infecções do trato urinário – eram resistentes tanto aos medicamentos de primeira linha (ampicilina e co-trimoxazol) quanto aos tratamentos de segunda linha (fluoroquinolonas).

“A resistência antimicrobiana enfraquece a medicina moderna e coloca milhões de vidas em risco”, disse o diretor-geral da OMS,  Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Para compreender verdadeiramente a extensão da ameaça global e montar uma resposta de saúde pública eficaz à RAM, devemos ampliar os testes microbiológicos e fornecer dados de qualidade assegurada em todos os países, não apenas nos mais ricos”.

Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.

Fonte: Nações Unidas Brasil.

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