Notícia

Em Portugal, startup deve iniciar testes em humanos de nova vacina multibacteriana

Financiamento do Conselho Europeu de Inovação vai permitir à startup avançar com os primeiros ensaios clínicos em humanos da Paragon Novel Vaccine (PNV)

Divulgação, Universidade do Porto

Fonte

Universidade do Porto

Data

sexta-feira, 4 novembro 2022 06:25

Áreas

Bacteriologia. Biomedicina. Biotecnologia. Doenças Infecciosas. Estudo Clínico. Farmacologia. Imunologia. Indústria Farmacêutica. Química Medicinal. Saúde Pública. Vacinas.

Immunethep, uma startup iniciada na Universidade do Porto, em Portugal, e responsável pela concepção da primeira vacina eficaz e totalmente voltada para a prevenção de infecções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, foi uma das 75 startups selecionadas pelo Conselho Europeu de Inovação (EIC) para receber financiamento do programa EIC Accelerator.

A startup receberá, inicialmente, 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 12,5 milhões), ficando elegível para um investimento de capital adicional do EIC Fund que totaliza mais de 17 milhões de euros. A Immunethep destacou-se entre mais de 1000 candidaturas provenientes de toda a Europa.

O valor do financiamento será aplicado nos primeiros ensaios clínicos em humanos da Paragon Novel Vaccine (PNV), sendo a primeira vez que uma vacina multibacteriana entra em ensaios clínicos.

A abordagem disruptiva da tecnologia da Immunethep também já captou o interesse de empresas farmacêuticas, como a Merck-Sharp-Dome (MSD), com quem já estabeleceram um acordo de colaboração.

Pesquisa iniciada na Universidade do Porto

A PNV é um produto que tem origem em uma pesquisa que começou na Universidade do Porto, mais precisamente noInstituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), num grupo liderado pela pesquisadora Dra. Paula Ferreira da Silva. Então, a pesquisa deu origem à formação da empresa Immunethep, a quem a invenção foi licenciada. A Immunethep foi fundada pelo Dr. Pedro Madureira, pesquisador do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3s) e atual Diretor Científico da Immunethep, e pela Venture Catalysts.

Com apoio da ‘Universidade do Porto Inovação’, que continua apoiando o processo, a tecnologia já foi patenteada em mais de 40 países, entre eles Portugal, Estados Unidos, Canadá, Japão, mais de 30 países europeus e também Índia e Hong Kong. “A Índia é um dos países onde a incidência de infeções bacterianas é muito elevada e onde, anualmente, morrem cerca de 200.000 pessoas por doenças causadas por este tipo de infecções”, destacou o Dr. Pedro Madureira.

Uma esperança contra as infecções bacterianas

Explicando de forma relativamente simples, a PNV é a primeira vacina eficaz e totalmente voltada para a prevenção de infecções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, incluindo multirresistentes, com o objetivo de abranger toda a população desde recém-nascidos até idosos.

A vacina foi desenvolvida com base na descoberta de um novo mecanismo de imunossupressão partilhado por algumas das bactérias mais perigosas e mortais (Staphylococcus aureusStreptococcus pneumoniaeKlebsiella pneumoniaeEscherichia Coli e Streptococcus do grupo B). Baseada no conhecimento deste mesmo mecanismo bacteriano, a Immunethep está também desenvolvendo o produto UNImAb – anticorpos monoclonais – que podem ser usados como tratamento em pessoas já infectadas.

Os próximos passos incluem “finalizar o desenvolvimento do UNImAb (anticorpos) e entrar com a PNV (vacina) em ensaios clínicos”, disse o Dr. Pedro Madureira.

O pesquisador e empresário acrescentou que, uma vez que esta parte do processo implica um “investimento significativo”, o reconhecimento do EIC chega em um momento fundamental. Os ensaios clínicos que os pesquisadores estão preparando vão permitir avaliar a segurança, imunogenicidade e eficácia da vacina, fazendo com que a Immunethep seja a primeira empresa no mundo a ter uma vacina multibacteriana nesta fase de desenvolvimento, de acordo com o relatório de vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2021.

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Sara Fidalgo, Universidade do Porto Inovação. Imagem: Divulgação, Universidade do Porto.

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