Notícia

HIV: identificado novo alvo terapêutico

Equipe de pesquisa mostrou como a molécula RORC2 permite que o vírus persista nas células do sistema imunológico

NIAID/NIH via Wikimedia Commons

Fonte

Universidade de Montreal

Data

domingo, 5 dezembro 2021 12:05

Áreas

Desenvolvimento de Fármacos. Doenças Infecciosas. Imunologia. Microbiologia.

Cientistas em Montreal, no Canadá, e Londres, no Reino Unido, identificaram o papel fundamental desempenhado pelo fator de transcrição RORC2 na infecção pelo HIV: a molécula se liga a partes do genoma do vírus, mas não o impede de se replicar.

Liderados pela Dra. Petronela Ancuta, pesquisadora do Centro de Pesquisa Hospitalar (CRCHUM) e professora de Medicina da Universidade de Montréal, e pelo Dr. Ariberto Fassati, da University College London, os cientistas publicaram os resultados do estudo na revista científica PNAS.

Durante a infecção, o HIV se esconde nas células do sistema imunológico, chamadas células T CD4 +, que o protegem e permitem que ele continue a se multiplicar. Dentre as células T CD4 +, as Th17, responsáveis ​​por defender e proteger a integridade das mucosas, são particularmente permissivas em permitir a replicação do vírus, participando efetivamente de sua persistência. Até agora, não havia explicação para esse fenômeno.

“Nossos resultados mostram que a RORC2, molécula que regula a função imunológica das células Th17, promove a expressão do vírus dentro dessas células ao se ligar a uma região específica do genoma viral”, explicou a Dra. Petronela Ancuta.

“Em laboratório, conseguimos inibir sua ação usando pequenas moléculas farmacológicas. Pudemos, assim, prevenir a replicação do vírus nas células T CD4 + de participantes saudáveis. No mesmo tipo de células, desta vez de participantes com HIV recebendo terapia antirretroviral, conseguimos limitar a expansão viral”, continuou a pesquisadora.

Essa prova de conceito, totalmente nova nesta área de pesquisa, implica que o vírus poderia até usar o RORC2 para garantir sua sobrevivência em pessoas com HIV.

O doutorando Tomas Raul Wiche Salinas, membro da equipe da Dra. Ancuta, e a pesquisadora de pós-doutorado Yuwei Zhang, são os dois coautores do estudo. A equipe de pesquisa do CRCHUM também trabalhou em estreita colaboração com a equipe do Dr. Jean-Pierre Routy, do Centro de Saúde da Universidade McGill, também no Canadá.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Montreal (em inglês).

Fonte: Julie Gazaille, Universidade de Montreal. Imagem: micrografia eletrônica de uma célula T infectada com o vírus HIV. Fonte: NIAID/NIH via Wikimedia Commons.

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