Notícia

Novo portal permite a cientistas acesso a dezenas de células-tronco de doenças neurodegenerativas

Fonte

NIA-NIH | Instituto Nacional do Envelhecimento - Institutos Nacionais de Saúde dos EUA

Data

quarta-feira, 10 agosto 2022 18:20

Áreas

Biologia. Biotecnologia. Células-tronco. Doenças Neurológicas. Envelhecimento. Genética. Microbiologia. Neurociências. Saúde Pública.

Com apenas alguns cliques, pesquisadores de todo o mundo agora podem encomendar células-tronco que cientistas do Centro de Alzheimer e Demências Relacionadas (Center for Alzheimer and Related Dementias – CARD) dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos desenvolveram para estudar os genes por trás da doença de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica (ELA) e vários outros distúrbios neurodegenerativos.

As células podem ser obtidas em um portal web administrado pelo Jackson Laboratory (JAX). O lançamento do portal representa uma nova fase na Iniciativa de Doenças Neurodegenerativas iPSC (iNDI), um projeto colaborativo destinado a facilitar a pesquisa de distúrbios neurodegenerativos, financiada pelo NIH CARD, JAX e Chan Zuckerberg Initiative (CZI).

Os distúrbios neurodegenerativos representam um grupo de doenças que ao longo do tempo danificam diferentes partes do sistema nervoso e causam problemas debilitantes, incluindo demência e paralisia. Nas últimas décadas, os cientistas descobriram centenas de variantes genéticas, cada uma das quais pode estar ligada a um risco aumentado de sofrer pelo menos um desses distúrbios. O objetivo do iPSC iNDI é ajudar os cientistas a estudar como essas variantes podem causar a degeneração do tecido do sistema nervoso e traduzir suas descobertas em novos tratamentos.

Lançado em 2021, o projeto iNDI conta com um tipo especial de célula-tronco. Geralmente, as células-tronco são células que têm o potencial de serem cultivadas em qualquer tipo de célula encontrada no corpo. Este projeto usa células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), que são feitas pela reprogramação de células maduras – geralmente células sanguíneas ou da pele – em células-tronco.

Tradicionalmente, os cientistas costumam usar iPSCs para estudar os processos patológicos de pacientes individuais. Para o projeto iNDI, os cientistas do NIH começaram com uma linha padrão de células e, em seguida, modificaram geneticamente as células para transportar pelo menos uma variante relacionada à doença. Compreender como uma variante desencadeia a neurodegeneração pode ser um desafio, pois seu impacto pode ser modificado pelo fundo genético único de uma célula. Essa estratégia ajuda os cientistas a superar esse desafio, permitindo que estudem variantes em um fundo uniforme.

Desde o início do projeto, os pesquisadores do NIH criaram várias linhagens celulares. Eles também trabalharam com os cientistas do JAX para construir um armazém contendo estoques de cada linha, que podem ser obtidos através do novo portal do JAX. Até agora, as linhagens celulares disponíveis contêm variantes genéticas ligadas aos seguintes distúrbios neurodegenerativos: Alzheimer, doença de Parkinson, ELA e demência frontotemporal. A CZI Neurodegeneration Challenge Network ajudou a financiar o desenvolvimento do armazém e do portal.

Os cientistas podem solicitar amostras das células diretamente no Portal www.jax.org/ipsc.

Acesse a notícia completa na página do Instituto Nacional do Envelhecimento dos EUA – NIA/NIH (em inglês).

Fonte: Instituto Nacional do Envelhecimento/Institutos Nacionais de Saúde dos EUA – NIA/NIH. Imagem: grupo de neurônios. Fonte: M. Oktar Guloglu via Wikimedia Commons.

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