Notícia

Pesquisadores desenvolvem implantes para curar lesões de ataque cardíaco

Fonte

Universidade Rice

Data

segunda-feira, 15 agosto 2022 06:20

Áreas

Biomedicina. Bioquímica. Biotecnologia. Cardiologia. Doenças Cardiológicas. Entrega de Medicamentos. Imunologia. Medicina de Precisão. Microbiologia. Química Medicinal.

Os pesquisadores da Universidade Rice, nos Estados Unidos, que inventaram os minúsculos implantes chamados ‘fábrica de medicamentos’, que matam células cancerosas, estão se unindo a cirurgiões do Baylor College of Medicine, também nos Estados Unidos, para criar uma versão da tecnologia que pode curar lesões causadas por ataques cardíacos.

Alguém tem um ataque cardíaco a cada 40 segundos nos Estados Unidos. Em cada evento, uma artéria que fornece sangue ao coração fica bloqueada e o tecido do músculo cardíaco morre. Em até 30% dos pacientes, isso pode levar a uma condição chamada insuficiência cardíaca, em que o coração não consegue bombear com a força necessária para suprir as necessidades do corpo.

O novo tratamento proposto pelos pesquisadores terá como alvo a inflamação que pode piorar a espiral descendente da insuficiência cardíaca. “Neste estudo, vamos projetar células para produzir citocinas que podem reduzir a inflamação e ajudar a curar o coração”, disse o Dr. Omid Veiseh, bioengenheiro da Universidade Rice.

O Dr. Omid Veiseh tem uma parceria com o cirurgião cardiotorácico Dr. Ravi Ghanta, do Baylor College, no projeto, que é financiado pela Associação Americana do Coração. As células produtoras de citocinas serão carregadas às dezenas de milhares em esferas de alginato de 1,5 milímetro de largura que podem ser colocadas diretamente na superfície do coração com cirurgia minimamente invasiva. O projeto inclui testes em animais que podem apoiar uma futura aplicação para um ensaio clínico em humanos, disse o Dr. Veiseh.

“Uma vez colocados, os grânulos atuam como ‘fábricas de medicamentos’, que fornecem doses altamente localizadas e concentradas de citocinas precisamente onde são necessárias”, disse o Dr. Ravi Ghanta.

O Dr. Omid Veiseh disse que os grânulos protegerão as células produtoras de citocinas do sistema imunológico e devem permitir que as ‘fábricas de medicamentos’ continuem funcionando por semanas. “Nosso objetivo é fornecer doses eficazes de citocinas por até seis meses”, disse o pesquisador.

Em um estudo anterior, os pesquisadores mostraram que grânulos carregados com células-tronco produziram 2,5 vezes mais cura cardíaca em roedores após ataque cardíaco do que o tratamento com células-tronco não blindadas por grânulos.

A Avenge Bio, startup sediada em Massachusetts e cofundada pelo Dr. Omid Veiseh, anunciou nesta semana planos para iniciar um ensaio clínico em humanos para câncer de ovário ainda este ano. É o primeiro ensaio clínico da tecnologia da ‘fábrica de medicamentos’.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Rice (em inglês).

Fonte: Jade Boyd, Universidade Rice. Imagem: Pequenos implantes de alginato inventados no laboratório do Dr. Omid Veiseh, bioengenheiro da Universidade Rice, podem ser carregados com células que produzem citocinas, proteínas que desempenham um papel importante na resposta imune. Fonte: Jeff Fitlow, Universidade Rice.

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