Notícia
Quais mulheres com câncer de mama podem se beneficiar da quimioterapia?
Pesquisadores de Stanford usaram os níveis de expressão gênica para identificar as mulheres com maior probabilidade de se beneficiarem dos medicamentos, independentemente do tipo ou estágio do câncer de mama
Freepik
Fonte
Universidade Stanford
Data
segunda-feira, 11 novembro 2019 12:05
Áreas
Oncologia. Quimioterapia. Saúde da Mulher.
Mulheres com câncer de mama em estágio inicial, com um padrão específico de expressão gênica, são mais propensas do que outras a se beneficiarem do tratamento com uma classe de medicamentos quimioterápicos comuns, porém potencialmente prejudiciais, chamados antraciclinas, de acordo com pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos.
A identificação dessas mulheres é importante porque as antraciclinas, embora benéficas em muitos casos, podem causar danos ao coração e aumentar o risco de cânceres secundários. Isso significa que os médicos devem avaliar os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos contra a chance do câncer de seu paciente responder positivamente ao tratamento.
“Se soubéssemos que uma mulher corria um alto risco de recorrência e que seu tumor provavelmente respondia às antraciclinas, diminuindo esse risco, isso pode levar o equilíbrio a um tratamento que inclua antraciclinas, apesar dos possíveis efeitos colaterais. Por outro lado, evitaríamos esses medicamentos se soubéssemos que um paciente provavelmente não se beneficiaria com seu uso. Este estudo sugere que podemos usar dados de expressão gênica para categorizar pacientes recém-diagnosticados e orientar melhor as decisões de tratamento”, afirma a Dra. Christina Curtis, professora de medicina e genética da Universidade Stanford.
O câncer de mama é frequentemente classificado de acordo com os níveis e a expressão de moléculas específicas no tumor, incluindo o receptor de estrogênio e as proteínas HER-2. Essas classificações são usadas em combinação com outros marcadores clínicos para orientar as decisões de tratamento. Atualmente, cerca de 30% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial recebem antraciclinas – uma das mais comuns é uma droga chamada doxorrubicina – embora as proporções variem de acordo com o subtipo molecular do câncer de mama que a mulher possui.
O estudo, realizado em linhas celulares de câncer de mama humano e em uma coorte retrospectiva de mais de 1.000 mulheres com câncer de mama em estágio inicial, indicou que os níveis de expressão de cerca de 50 genes reguladores da cromatina determinam se um câncer responderá positivamente às antraciclinas.
“Foi bastante encorajador que as descobertas fossem generalizáveis em todos os principais subgrupos de pacientes com câncer de mama em estágio inicial”, disse a Dra. Curtis.
A pesquisa foi publicada no último dia 7 de novembro na revista científica Nature Medicine.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Escola de Medicina da Universidade Stanford (em inglês).
Fonte: Krista Conger, Universidade Stanford. Imagem: Getty Images.
Em suas publicações, o Canal Farma da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Farma tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Farma e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Farma, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar