Notícia

Sódio pode regular relógio biológico em animais

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade McGill relaciona sódio ao ritmo circadiano em camundongos

Divulgação, Universidade McGill

Fonte

Universidade McGill

Data

terça-feira, 14 julho 2020 10:05

Áreas

Biologia. Bioquímica. Fisiologia. Neurociências.

Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, mostra que o aumento nas concentrações de sódio no sangue pode influenciar o relógio biológico de camundongos, abrindo novos caminhos de pesquisa para potencialmente tratar os efeitos negativos associados a viagens de longa distância ou trabalho em turnos.

As descobertas, publicadas na revista científica Nature por Claire Gizowski e pelo Dr. Charles Bourque, professor do Departamento de Neurologia-Neurocirurgia da Universidade McGill, são as primeiras a mostrar que a injeção de uma solução salina em camundongos leva à ativação de neurônios associados ao relógio circadiano no núcleo supraquiasmático (SCN).

Nosso relógio biológico – ou ritmo circadiano – adapta as células e os órgãos do nosso corpo às mudanças de requisitos em diferentes momentos do dia. A interrupção prolongada desses ritmos pode ter efeitos adversos sobre a saúde.

Embora esteja bem estabelecido que a luz é o principal fator que regula o relógio biológico do nosso corpo, não se sabia se ou como fatores fisiológicos poderiam regular o SCN. “Nosso estudo é o primeiro a mostrar que o SCN considera sinais fisiológicos e que esses sinais podem de fato regular o relógio biológico”, disse o Dr. Bourque.

Gizowski e Bourque foram capazes de mostrar que os neurônios sensíveis ao sal encontrados em uma região específica do cérebro – o organum vasculoum da lâmina terminal – são capazes de ativar o relógio circadiano principal do cérebro. “Isso sugere que poderia haver maneiras pelas quais podemos acelerar o relógio, o que poderia ser útil para nos adaptarmos mais rapidamente às mudanças de horário associadas às viagens de longa distância ou quando nosso horário de trabalho for alterado por várias horas”, explicou Claire Gizowski.

Os pesquisadores esperam agora estabelecer se os aumentos naturais nos níveis de sódio no sangue – através da alimentação – têm o mesmo efeito e se esses também ocorrem em seres humanos. “Uma preocupação é que, embora a ingestão de pequenas quantidades de sal seja agradável e não perigosa, [o sal] pode ser tóxico quando consumido em grandes quantidades. É necessário muito mais trabalho para examinar se essa descoberta é aplicável aos seres humanos de uma maneira prática e segura”, concluiu o Dr. Bourque.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Unviersidade McGill (em inglês).

Fonte: Cynthia Lee, Universidade McGill. Imagem: Ativação de neurônios no núcleo supraquiasmático de camundongo por solução salina. Fonte: Divulgação, Universidade McGill.

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