Notícia

Compostos anticancerígenos são encontrados em algas marinhas

Actinobactérias podem produzir compostos com potencial para combater infecções resistentes e câncer

DR

Fonte

Universidade do Porto

Data

quinta-feira, 11 abril 2019 17:45

Áreas

Bacteriologia. Desenvolvimento de Fármacos.

Ninguém diria que, escondidas nas algas castanhas frequentemente encontradas na costa de Portugal, podem viver respostas para a produção de novos medicamentos antibióticos e anticancerígenos. O estudo, desenvolvido por pesquisadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR-UP) e publicado na revista científica Frontiers in Microbiology, revela que as actinobactérias que vivem num grupo nativo de algas castanhas produzem compostos com potencial para combater infeções resistentes.

Considerado inédito e promissor, o trabalho realizado pela equipe liderada pela Dra. Maria de Fátima Carvalho investigou a comunidade de actinobactérias associadas à espécie de alga Laminaria ochroleuca, uma alga comum na costa portuguesa, com o objetivo de compreender de que forma se estabelece a ligação entre os dois tipos de organismos e qual o seu potencial.

“A alga castanha Laminaria ochroleuca forma as chamadas florestas de kelp, que estão entre os ecossistemas mais diversos e produtivos”, explicou a pesquisadora do CIIMAR. “Focámo-nos na comunidade de bactérias ligadas a estas algas, as actinobactérias, que estão muito ligadas à produção de compostos conhecidos para antibióticos”, explica a especialista.

Os resultados identificaram compostos produzidos pelas actinobactérias com potencial antimicrobiano e anticancerígeno, ou seja, foi demonstrado que os compostos defensivos que as bactérias produzem para se protegerem no meio onde vivem possuem biotecnologia capaz de ajudar a combater infeções no ser humano. Os resultados mostram ainda que estes compostos são também capazes de inibir linhas celulares cancerígenas: “Sete dos extratos inibiram o crescimento de câncer de mama e, particularmente, de células nervosas”, esclarece a Dra. Maria de Fátima Carvalho. Estes resultados levam os pesquisadores a crer que outras espécies de algas possam ser uma fonte valiosa de compostos para a produção de novos fármacos, por exemplo.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Eunice Sousa / CIIMAR, Universidade do Porto. Imagem: DR.

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