Notícia

UFMG e Merck inauguram hub de nanotecnologia no BH-TEC

Estrutura servirá de forma transversal às diferentes iniciativas de pesquisa e desenvolvimento na área

iuriimotov via Freepik

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

domingo, 4 junho 2023 12:00

Áreas

Biologia. Biomedicina. Biotecnologia. Desenvolvimento de Fármacos. Diagnóstico. Empreendedorismo. Engenharia Biológica. Entrega de Medicamentos. Farmacologia. Física Médica. Indústria Farmacêutica. Medicina de Precisão. Microbiologia. Nanotecnologia. Oncologia. Química Medicinal.

O termo hub, no campo da ciência, da tecnologia e da inovação, é usado para designar estruturas – que podem até ser físicas, mas são sobretudo virtuais – que instituições estabelecem para fomentar ações em comum. O foco é gerar um eixo concentrador que seja, ao mesmo tempo, um canal de fluxo capaz de dar suporte ao desenvolvimento de projetos inovadores e à aceleração do seu crescimento, por meio de acesso dinamizado a contatos, investidores, mentores e fornecedores.

Ainda que simplificada, a explicação ajuda a entender a aliança estratégica firmada no último dia 1º de junho, entre a  Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Merck, indústria química, farmacêutica e de ciências biológicas alemã.

Naquele momento, as instituições inauguraram um hub de inovação sediado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), instituição da qual a UFMG é sócia-fundadora. Especificamente, o objetivo do hub é acelerar o desenvolvimento de novas aplicações no campo da nanotecnologia, em que a UFMG é uma das grandes forças nacionais. Fruto de parceria público-privada de formato inédito no país, o hub servirá à comunidade acadêmica, à indústria e a eventuais startups e empreendedores.

“A nanotecnologia é o controle dos materiais na escala atômica e molecular, para a obtenção de novas propriedades que os tornem mais eficientes e, consequentemente, ambiental e economicamente viáveis. Ela já é vista, por exemplo, nos dispositivos eletrônicos, em cosméticos, em tecidos e em painéis solares”, explicou o físico Dr. Ado Jorio de Vasconcelos, professor do Instituto de Ciências Exatas da UFMG. Um dos mais citados pesquisadores do mundo, Ado Jorio trabalha justamente com pesquisa e desenvolvimento de instrumentação científica em óptica para o estudo de nanoestruturas, com aplicações em novos materiais e biomedicina. Ele ministrou uma palestra no fim do painel de lançamento da aliança.

O pesquisador descreveu as expectativas de expansão da atuação nesse setor, com a nova instalação. “Com as pesquisas científicas viabilizadas por projetos como esse, temos esperança de utilizar essa tecnologia no desenvolvimento de soluções inovadoras, como novos dispositivos que possibilitem melhor aproveitamento energético, métodos para intervenções biomédicas menos invasivas ou diagnósticos ultrarrápidos com uso de biossensores, que detectam a presença de patógenos em alimentos ou a evolução de doenças neurodegenerativas”, listou o pesquisador.

Segundo a Merck, a atuação do hub deve se dar nas áreas de ‘sistemas de entrega nanocontrolados’, ‘nanossensores ou dispositivos vestíveis’ e ‘soluções mais sustentáveis também baseadas em nano’. Conforme material disponibilizado à imprensa, será oferecida a prototipagem de projetos aplicáveis a todos os setores interessados, com especial destaque para as áreas de saúde humana e animal, de alimentos e bebidas e de agricultura, campo em que tem crescido a utilização da nanotecnologia.

Área prioritária

“No Brasil, a nanotecnologia é uma das áreas prioritárias para desenvolvimento tecnológico pelo Governo Federal”, lembrou Fabio Demetrio, líder de ciência e soluções para laboratórios da Merck Life Science do Brasil. A ‘Life Science’ é a divisão da empresa que atua na descoberta e no desenvolvimento de medicamentos e no campo de diagnósticos, com clientes sobretudo nas áreas de biotecnologia e farmácia. “Apostamos na capacitação de pesquisadores e na colaboração entre indústria e universidade com o intuito de impulsionar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que poderão impactar a vida e a saúde por meio da ciência”, afirmou.

Segundo Fabio Demetrio, a participação da Merck na aliança poderá se dar de diferentes formas, que vão da oferta de know-how diretamente a pesquisadores à oferta de cursos teórico-práticos para clientes, pesquisadores e estudantes, passando pela oferta de serviços, equipamentos e materiais. “O modelo é muito flexível”, destacou ele, em conversa com o Portal da UFMG. “Queremos participar ativamente, mas com aportes que sejam de fato práticos e façam a diferença lá na frente”, concluiu.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.

Fonte: Ewerton Martins Ribeiro, UFMG. Imagem: iuriimotov via Freepik.

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