Notícia

Lesão cerebral em pacientes com COVID-19 grave é revelada por imagens de ressonância magnética e tomografia computadorizada

Em estudo com 185 pacientes, pesquisadores mostraram alteração de vasos sanguíneos microscópicos e inflamação no cérebro, meninges e nervos

Dr. Tobias Granberg

Fonte

Instituto Karolinska

Data

quarta-feira, 12 agosto 2020 11:20

Áreas

Diagnóstico por Imagem. Doenças Infecciosas. Radiologia. Saúde Pública.

Muitas pessoas afetadas pela COVID-19 apresentam poucos sintomas, enquanto outras ficam gravemente doentes. Alguns sofrem alterações no cheiro, gosto ou humor e alguns relatam fadiga, o que sugere uma afecção dos sistemas nervosos periférico e central. Também há relatos de comprometimento da consciência, alterações de personalidade e distúrbios de memória nas pessoas mais gravemente afetadas pelo COVID-19.

Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, evoluíram nas descobertas sobre como a COVID-19 afeta o cérebro e a medula espinhal. Durante o período do estudo, de março a maio, 185 pacientes foram examinados no Hospital Universitário Karolinska, todos com teste PCR positivo para SARS-CoV-2. No total, foram realizados 222 exames cerebrais com tomografia computadorizada (TC), 47 com ressonância magnética (RM) cerebral e sete com ressonância magnética da coluna vertebral. Os resultados do estudo incluíram acidente vascular cerebral e anormalidades cerebrais relacionadas à microvasculatura.

“Mostramos que existe acidente vascular cerebral, tanto em termos de infartos cerebrais como hemorragias cerebrais, que podem ser detectados com tomografia computadorizada de cérebro convencional em pacientes com COVID-19. No entanto, o achado mais comum foi de alterações sugestivas de trombose ou sangramento ao longo dos vasos sanguíneos microscópicos no cérebro, que só foi detectável por técnicas de ressonância magnética. Além disso, também encontramos sinais de inflamação no cérebro, meninges e nervos”, disse o Dr. Tobias Granberg, chefe da equipe de pesquisa do Departamento de Neurociência Clínica do Instituto Karolinska e radiologista do Departamento de Neurorradiologia do Hospital Universitário Karolinska.

Os pesquisadores agora planejam acompanhar os pacientes por um período de tempo maior para observar como as anormalidades no sistema nervoso mudam ao longo do tempo e como essas descobertas podem predizer resultados clínicos.

“Sabemos muito pouco sobre os efeitos de longo prazo da COVID-19 no cérebro e na medula espinhal. É essencial, portanto, continuarmos as pesquisas multidisciplinares dedicadas ao assunto”, concluiu o Dr. Tobias Granberg.

Os resultados foram publicados na revista científica Radiology.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Instituto Karolinska (em inglês).

Fonte: Instituto Karolinska. Imagem: Dr. Tobias Granberg.

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