Notícia

Modelo de Inteligência Artificial pretende prever o gosto dos medicamentos

Fonte

UCL | University College London

Data

quarta-feira, 27 setembro 2023 20:05

Áreas

Computação. Desenvolvimento de Fármacos. Engenharia Biomédica. Entrega de Medicamentos. Indústria Farmacêutica. Inteligência Artificial. Química Medicinal.

O paladar é fundamental para garantir que as pessoas tomem regularmente seus medicamentos e é uma parte importante do desenvolvimento de medicamentos na Indústria Farmacêutica. Por exemplo, o gosto foi identificado como a maior barreira à adesão das crianças que tomam medicamentos, mas o gosto também é um problema para os adultos, especialmente os adultos que tomam medicamentos de longa duração.

Recentemente, uma equipe de pesquisa liderada pela Dra. Hend Abdelhakim, pesquisadora da UCL Global Business School for Health, no Reino Unido, usou uma ‘língua eletrônica’  – um dispositivo feito de sensores que respondem ao sabor – para atribuir pontuações de amargor aos medicamentos e, por sua vez, estimar a aversividade esperada da dose clínica planejada.

A língua eletrônica mede o quanto as moléculas amargas aderem a um sensor de plástico que funciona como a língua humana e depois compara com uma amostra padrão. A diferença entre as duas medidas representa um nível teórico de amargor de um medicamento.

Usar uma língua eletrônica significa que os medicamentos podem ser testados de forma mais rápida e eficaz em comparação com a opção alternativa de realizar testes em humanos, mas agora a equipe está colaborando com especialistas em aprendizado de máquina, incluindo o Dr. David Shorthouse, pesquisador da Escola de Farmácia da University College London (UCL), para acelerar o desenvolvimento de medicamentos com um modelo de Inteligência Artificial (IA).

Usando dados da língua eletrônica, o modelo de IA divide um medicamento em uma série de descritores moleculares (por exemplo, número de átomos, área superficial total da molécula) que determinam o sabor para prever os níveis de amargor.

O modelo em desenvolvimento será uma ferramenta de acesso aberto, o que significa que o desenvolvimento farmacêutico em todo o mundo poderá se beneficiar dos dados sobre a palatabilidade dos medicamentos.

A Dra. Abdelhakim explicou que o gosto dos medicamentos é um problema especialmente para as crianças que têm um “paladar aguçado”: “É um problema para doenças de longa duração, como por exemplo o HIV. Os medicamentos antirretrovirais não têm um gosto muito bom. Então, se o paciente tiver que tomar esses comprimidos todos os dias pelo resto da vida, é um problema muito maior, principalmente se eles começarem a tomá-los muito, muito jovens”.

A adesão ao tratamento também é particularmente importante com antibióticos, uma vez que a interrupção do tratamento contribuirá para a resistência antimicrobiana.

Acesse a notícia completa na página da University College London (em inglês).

Fonte: Mark Greaves, UCL. Imagem: storyset via Freepik.

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