Notícia
Vacina não está associada ao aumento de risco de coágulos sanguíneos
Após a revisão preliminar de casos de coágulos sanguíneos, a agência regulatória da União Europeia confirmou que não há evidências de uma relação direta da vacina com os eventos tromboembólicos relatados ou problemas relacionados a lotes ou locais de fabricação específicos da vacina
Hakan Nural via Unsplash
Fonte
Fiocruz | Fundação Oswaldo Cruz
Data
quinta-feira, 18 março 2021 19:35
Áreas
Doenças Infecciosas. Saúde Pública. Vacinas.
Os benefícios da vacina contra a COVID-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a Astrazeneca, superam os riscos, que não estão associados ao aumento da formação de coágulos sanguíneos (eventos tromboembólicos), naqueles que recebem o imunizante. A afirmação foi feita no último dia 17 de março pela agência regulatória da União Europeia (European Medicines Agency – EMA), após reunião extraordinária do comitê de segurança. A vacina no Brasil é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Após a revisão preliminar de casos de coágulos sanguíneos, o comitê de segurança (Prac) da EMA confirmou que não há evidências de uma relação direta da vacina com os eventos tromboembólicos relatados ou problemas relacionados a lotes ou locais de fabricação específicos da vacina. Segundo a EMA, casos extremamente raros de coágulos sanguíneos associados à trombocitopenia e níveis baixos de plaquetas sanguíneas (que ajudam a coagular o sangue) poderiam estar associados à vacina, mas não há comprovação de uma relação direta, o que mereceria uma investigação mais aprofundada.
Cerca de 20 milhões de pessoas foram vacinadas no Reino Unido e Europa. Apenas 7 casos de coágulos sanguíneos (coagulação intravascular disseminada) e 18 casos de coágulos nos vasos que drenam sangue do cérebro (CVST) foram apresentados e revistos. De acordo com a EMA, no geral, o número de eventos tromboembólicos notificados após a vacinação, tanto em estudos antes do licenciamento como em notificações após o lançamento das campanhas de vacinação, foi inferior ao esperado na população em geral. Isso permite que o Prac confirme que não há aumento no risco geral de coágulos sanguíneos e que os riscos continuarão a ser monitorados.
A Anvisa acompanha e busca informações junto às autoridades internacionais sobre possíveis eventos adversos relacionados ao uso de todas as vacinas em uso no país e informou que esteve reunida com 52 representantes de agências regulatórias internacionais, no âmbito da Coalizão Internacional de Agências Reguladoras (ICMRA, na sigla em inglês) e concluiu que os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício‐risco da vacina, recomendando a continuidade do seu uso pela população brasileira.
Acesse a notícia na página da Fiocruz.
Fonte: Camile Duque Estrada, Agência Fiocruz de Notícias. Imagem: Hakan Nural via Unsplash.
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